quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Louco de Amor


Ela não seria a única
Que se emocionaria
Ao me ver novamente

Eu também ficaria contente
Ao saber que ainda ocupo
Algum espaço em sua mente

Ela dizia:
“-Sempre me lembrarei
De todos os momentos
Em que passamos juntos
Curtindo a vida para valer
Viajando por vários mundos
Em segundos.”

Mas daí veio a despedida
E fiquei um bom tempo sem saber
Quem eu realmente era

Não consegui me reconhecer,
Mas consegui compreender
Que não posso viver sem ela

Apenas pensava nela
Em todos os instantes
Em lugares distantes
Via sua imagem pela janela

Minha consciência,
Aonde foi parar?
Perdi-a por ela
Grandes erros eu cometi
Grande sofrimento eu senti
Mas não é por culpa dela

Se eu estou louco agora
A loucura é pela saudade
É pela distância de outrora
Que intensifica as emoções
Que separa nossos corações
Não os deixa que batam juntos
Como se fosse único

Mísero mundo!
Aonde foi parar a minha alma?
O restante de meu ser?

Meu complemento foi embora
Partiu para bem longe
Não há nada que eu possa fazer
Não tenho mais nada a dizer

Adeus, portanto, minha existência
Parto desta para uma melhor
Não mereço padecer!
Não suporto mais sofrer!

Anderson Batistello – 22/01/2015

Comentários: poesia de minha autoria baseada novamente no meu período literário favorito: 2ª Geração do Romantismo. Demonstra um apelo e sofrimento exacerbado pela mulher, que é uma característica forte dessa geração. Não foi inspirada em ninguém em especial, apenas nas palavras de Álvares de Azevedo.


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