quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Viver ou Juntar Dinheiro?


Hoje me deparei com um artigo de um ouvinte do Max Gehringer da CBN bem interessante e ao mesmo tempo contraditório. Cliquem na imagem acima ou leiam-o no link abaixo:


Concordo com o autor deste texto em partes. Não compensa ser consumista ao extremo com a justificativa de que é necessário “viver a vida com intensidade” durante a juventude. Poupar não é ser “mão-de-vaca”, é ser prudente e financeiramente inteligente para consumir com sabedoria no momento oportuno.

As matérias que incentivam a poupar não falam que as pessoas não podem tomar cafezinho ou realizar ocasionalmente um gasto excessivo. Apenas sugerem que é mais recomendável reduzir hábitos de consumo dispensáveis e planejar adequadamente os gastos para se obter uma vida mais confortável.

Quem disse que um pedaço de pizza ou uma roupa muito cara fará alguém mais feliz? Pode até dar um ânimo momentâneo, mas não passa disso. Realmente não compensa economizar em tudo enquanto se é jovem, porém a maioria das pessoas gastam mais do que ganham e vivem endividadas porque lhes faltam uma coisa muito importante não aprendida em salas de aula: a educação financeira.

A maioria das pessoas tem uma falsa ilusão que para se viver com qualidade deve-se gastar tudo que se tem, tudo é reciclável, o dinheiro compra tudo e a felicidade está em consumir. Eu particularmente acredito que a verdadeira felicidade é obtida de várias outras formas sem envolver consumismo exacerbado e motivado pelo impulso momentâneo.

Nos currículos escolares somos obrigados a aprender e a decorar muitas coisas para passar em exames e vestibulares, como conceitos matemáticos com pouquíssima aplicação no cotidiano. Aprendemos a usar a fórmula de Bháskara, a encontrar raízes de equações, a resolver logaritmos. No entanto, nunca tivemos em nossos currículos uma verdadeira educação financeira, a qual ensina como poupar adequadamente sem se privar de realizar consumos agradáveis. E tem uma explicação para isso: o sistema quer nos preparar para sermos profissionais gastadores compulsivos. É bem interessante para o mundo do “marketing”, que sobrevive e prospera sobre a nossa “ignorância” financeira.
Como diz Robert Kiyosaki em seu livro “Pai Rico, Pai Pobre”, não entre na “corrida dos ratos”. Se não entenderam a expressão, leiam o livro, recomendo muito!

Curtam a vida porque a vida é curta, mas nunca deixem de buscar uma aposentadoria com qualidade de vida. Planejem seus gastos, não caiam na onda de marqueteiros e nunca deixem o impulso consumista falar mais alto o tempo todo. Consumam com sabedoria!

Anderson Batistello – 12/02/2014

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