Hoje
me deparei com um artigo de um ouvinte do Max Gehringer da CBN bem interessante
e ao mesmo tempo contraditório. Cliquem na imagem acima ou leiam-o no link
abaixo:
Concordo
com o autor deste texto em partes. Não compensa ser consumista ao extremo com a
justificativa de que é necessário “viver a vida com intensidade” durante a
juventude. Poupar não é ser “mão-de-vaca”, é ser prudente e financeiramente
inteligente para consumir com sabedoria no momento oportuno.
As
matérias que incentivam a poupar não falam que as pessoas não podem tomar
cafezinho ou realizar ocasionalmente um gasto excessivo. Apenas sugerem que é
mais recomendável reduzir hábitos de consumo dispensáveis e planejar
adequadamente os gastos para se obter uma vida mais confortável.
Quem
disse que um pedaço de pizza ou uma roupa muito cara fará alguém mais feliz? Pode
até dar um ânimo momentâneo, mas não passa disso. Realmente não compensa
economizar em tudo enquanto se é jovem, porém a maioria das pessoas gastam mais
do que ganham e vivem endividadas porque lhes faltam uma coisa muito importante
não aprendida em salas de aula: a educação financeira.
A
maioria das pessoas tem uma falsa ilusão que para se viver com qualidade deve-se
gastar tudo que se tem, tudo é reciclável, o dinheiro compra tudo e a
felicidade está em consumir. Eu particularmente acredito que a verdadeira felicidade
é obtida de várias outras formas sem envolver consumismo exacerbado e motivado
pelo impulso momentâneo.
Nos
currículos escolares somos obrigados a aprender e a decorar muitas coisas para
passar em exames e vestibulares, como conceitos matemáticos com pouquíssima
aplicação no cotidiano. Aprendemos a usar a fórmula de Bháskara, a encontrar
raízes de equações, a resolver logaritmos. No entanto, nunca tivemos em nossos
currículos uma verdadeira educação financeira, a qual ensina como poupar
adequadamente sem se privar de realizar consumos agradáveis. E tem uma explicação
para isso: o sistema quer nos preparar para sermos profissionais gastadores
compulsivos. É bem interessante para o mundo do “marketing”, que sobrevive e
prospera sobre a nossa “ignorância” financeira.
Como
diz Robert Kiyosaki em seu livro “Pai Rico, Pai Pobre”, não entre na “corrida
dos ratos”. Se não entenderam a expressão, leiam o livro, recomendo muito!
Curtam
a vida porque a vida é curta, mas nunca deixem de buscar uma aposentadoria com
qualidade de vida. Planejem seus gastos, não caiam na onda de marqueteiros e
nunca deixem o impulso consumista falar mais alto o tempo todo. Consumam com
sabedoria!
Anderson
Batistello – 12/02/2014