domingo, 24 de junho de 2012

Desabafo


Quantas vezes tenho que te dizer
Que, do fundo do meu coração,
Eu amo você?

Quantas vezes tenho que te dizer
Que minha vida não vale nada
Quando fico sem te ver?

É tão ruim sentir solidão
E não conseguir demonstrar
Uma verdadeira paixão

A vida perde a graça
O tempo passa
E machuca mais ainda o meu coração

Sinto-me triste e magoado
Ao saber que, por você, mais uma vez
Meu coração foi despedaçado

Quero reparar o que fiz de errado
Pago penitência pelos meus pecados
Para ter o prazer de ficar ao teu lado

E suplico, neste momento
“Garota, sinto um imenso amor por ti
Portanto, por favor,
Não penses nunca em partir...”

Anderson Batistello – 11/08/1998

Comentários: antigo poema escrito durante alguma aula do Ensino Médio. Conseguia bastante inspiração nesses momentos e justamente quando mais eu precisava prestar atenção nas aulas. Quanto ao conteúdo, não foi inspirado em nenhuma garota em especial. A ideia partiu de vários poemas que li da fase do Barroco da 2ª Geração do Romantismo. O apelo emocional de ambas as fases ajudaram bastante nesta composição. Basta ver o arrependimento pelos pecados, que é uma característica marcante do Barroco, e o sentimentalismo e sofrimento exacerbado pela figura feminina, que faz parte da 2ª Geração Romântica. Porém, as características estéticas ficaram bem mais simplificadas que as das poesias dos autores destes períodos literários.




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