Repousa, agora, o Espírito
Após ter, por um longo tempo, resistido
Às mais terríveis ingratidões alheias
Sofridas, mas não merecidas.
Compreende agora
Que não basta estar acordado
Para sentir na pele a dor dos fatos
Tão massacrantes da mísera vida.
Os pesadelos viraram apenas continuidade
De todas as mediocridades
Existentes num mundo de hipocrisia
De falsidade e agonia.
E a paz já não existe mais
A morte é que satisfaz
A busca incessante por prazer
E por um sentido na vida.
A essência da paixão dissipa-se pelo ar
O amor voa, sem ter onde pousar
E a tristeza continua a pairar
Quando se está deprimido
E prestes a chorar.
Por causa de um contato consumado,
Mas não correspondido
Repousa agora, o Espírito
Após ter, por um longo tempo, sofrido
Todas as ingratidões
Que preenchem os mais belos campos de cinzas
Que penetram profundamente na pele humana,
Danificando-a
Deixando à vista as chagas
Dolorosas para quem as vê
Mas indolor para quem as tem...
Saudades dos tempos que não voltam
Esperanças para a realização de um sonho impossível...
Assim repousam todas as mágoas
no Espírito...
Anderson Batistello - 11/07/2004
Comentários: composição inspirada em um filme que assisti, chamado “Stigmata”, embora o filme não tenha muito a ver com o conteúdo desta poesia. Ainda bem que nunca passei durante toda minha vida por fases tão pessimistas, apesar de ter uma boa percepção para escrever sobre este assunto.
Uau! Belíssimos textos! Ainda bem que está dividindo consoco! Tenho alguns também. que brotam do nada. Principalemtne quando vou dormir. E acabam ficando no nada mesmo. Escrevo poemas. Mas meus textos favoritos são crônicas. Passa na minha casa virtual depois ^^ Tá bagunçadinha, mas sempre tem lugar pra mais um colega de palavras!
ResponderExcluirencantadora a forma como descreve e se apresenta esse poema.Mesmo o filme não fazendo algum sentido aparente,o que importa são as reflexões e viagens sobre os sentimentos despertados.
ResponderExcluirpor: anônima